terça-feira, novembro 13, 2007
Planeta dos lagartos en français
Transfigurado em Coeur de Lion, este amigo mostra no seu blog o pior da sua condição: ser do Sporting.
Mas para quem gostar daquela desgraça este é um grande blog, devida e dignamente actualizado - grafismo atractivo, de grande qualidade, mostrando as qualidades do grande gráfico e paginador agora chamado Coeur de Lion - com as novidades da agremiação sedeada nos fundos do Campo Grande.
Para mim irá funcionar como ponto fulcral das magníficas e intermináveis discussões de bola que sempre mantive com Coeur de Lion.
Com o mais afiado bico de águia fica o link: Planète Sporting Club de Portugal
terça-feira, julho 24, 2007
20 anos
Às vezes o passado tem surpresas.
Remexo em blocos antigos, onde sempre escrevi a vida ou rabisquei notas de reportagem. No meio de um canhenho mal amanhado, velho não só pelo tempo – já naquela altura devia ter mau aspecto – descubro uma folha, dobrada em quatro, caligrafia disforme – a minha.
Uma carta a uma namorada da época. Fantástico! O teor da carta, que não sei se seguiu (será aquele pedaço de papel mero rascunho, ou terá sido carta nunca enviada?), é totalmente desinteressante. Imberbe. Como o são os 18 anos.
Por entre patranhas ingénuas contadas a uma amada sem nome - embora saiba a quem se destinava – encontro uma data: 24 de Maio de 1987. Data inscrita na dita carta. Recorrendo ao calendário do telemóvel fico a saber tratar-se de um domingo.
O que tem isto de interessante? Pouco, é certo. Só que mais à frente escrevi à paixão da altura que me ia estrear aos microfones na quinta feira seguinte.
O que, para mim, apenas para mim, leva a uma brilhante descoberta: falei pela primeira vez aos microfones a 28 de Maio de 1987. Na altura – isso lembro-me bem, sempre o soube – falei sobre os Dire Straits. Até sei a frase primeira do meu texto. Como se agora mesmo o tivesse escrito: “numa época em que o supérfluo se sobrepõe ao essencial, os Dire Straits…” – mais não recordo.
Eu que sou mais de revoluções, sabendo disto agora, desta data, só me ocorre a interrogação: pode o meu estado durar tanto quanto o outro que fatidicamente se iniciou na mesma data, mas em 26?
Fica gravado. Não na pedra. Apenas neste blog de amores e humores ocasionais.
quinta-feira, julho 12, 2007
Estrela minha
Olho-a. Embevecido.
Platónico.
Podre de paixão.
Ela, irradia luz.
E abre um sorriso
Não lhe sei o nome.
Mas amo-a.
É a estrela mais brilhante do meu céu.
Quero-a. Só para mim.
Ela insiste na companhia das outras.
Procuro demovê-la.
Revelo-lhe minha paixão
amor eterno.
Em vão.
Responde-me em sorriso.
quinta-feira, julho 05, 2007
Força Carlos!!!
Por vezes as palavras custam a sair. Os sentimentos perturbam e confundem. As perguntas surgem mas as respostas não saem. Falei contigo há minutos. E hoje trato-te por tu. Não disse tudo o que queria. Há-de vir o dia, meu amigo! Boa sorte para amanhã!GG
Fora de contexto, é difícil percebê-la. Meu Amigo, entendo-te bem. Percebo a tua preocupação e o embargo que silencia a tua voz.
O Carlos Júlio é forte. Não será um tumorzeco a derrotá-lo.
Não te esqueças, caro Gonçalo, que ele passou incólome às balas na Guiné. Nem preciso de te recordar do episódio de Prizren, no Kosovo, com os cinco mísseis disparados por caças americanos à sua coluna acabando por matar o seu motorista e tradutor.
O Carlos não só se safou como pôs a salvo alguns camaradas. Talvez não te lembres, mas a jornalista inglesa que ele retirou "debaixo" dos mísseis, na sua reportagem, descreveu-o quase como herói, afirmando que foi quem lhe salvou a vida.
Sem mais histórias. Sabes tão bem como eu que não é fácil torcê-lo. Tem sempre um último argumento para ficar por cima. Um último trunfo usado com mestria para nos "lerpar".
Assim será desta vez. Não duvides, caro Gonçalo.
O ano vai ser duro para ele. Nós, vamos estar aqui. A sofrer por fora. No final, riremos todos à volta de um tinto.
Um abraço
segunda-feira, julho 02, 2007
Quadros de uma exposição
Chama-se Partilhas.
Carlos Ferreira partilha connosco a sua arte. Mostra-nos o mundo das suas descobertas através da pintura. Mote de vida. Quadros impressivos. Cenas quotidianas. Ou simplesmente traços encontrados nos poemas. Na poesia da vida.
Carlos Ferreira é um poeta das cores.
Neste acrílico sobre tela, publicado em Março, questiona o mundo lá do sul. Do sul do sul. Uma África acompanhada pelas palavras de Agostinho Neto.
Momentos imperdíveis em cores vivas partilhados através do seu original blog.
A música, calma e encantadora, ajuda a percorrer os quadros.
Mussorgsky prestou homenagem ao amigo através da suite "Quadros de uma Exposição".
Assim presto eu homenagem ao amigo Carlos Ferreira.
Para que desfrutem dos quadros da sua exposição
Mundo da música
http://www.festivalevoraclassica.com/
E Viva a Música!!!
sexta-feira, junho 08, 2007
O que vês?
Sei que me olhas...
Aí. Ao longe.
Mas...
Porque não me vês?
Que medo tens?
Observo-te...
Olhando-me.
Contemplas...
Recusando ver!
segunda-feira, abril 30, 2007
Hoje não, Kapuściński
Gostava de ser bom no jornalismo. Mas não me apetece, hoje, segunda feira, ser boa pessoa.
Fica para outro dia, grande mestre.
quinta-feira, abril 19, 2007
A Arte do povo
Miguel Ângelo na Capela Sistina
Picasso na tragédia de Guernica
O tríptico de Bosch no Jardim das Delícias
A Sesta de van Gogh
(como se roubado à Planície do Alentejo)
Da Vinci e a Mona Lisa
Todas as mulheres de Miró
E as Papoilas de Monet
Instantes sublimes de uma Arte frugal:
Messi, igual a Maradona
Rasgando a relva
Pincel impregnado de inspiração
Cinco telas ultrapassadas
Quadro completo,
momento supremo
O orgasmo do golo
Escrever, escrever, escrever
"Escrever, escrever, escrever. É uma ideia que me martela a cabeça", diria o saudoso mestre Pedro Ferro. Ando empenhado noutras escritas. Daí os serões no Largo sairem prejudicados.
Agradeço as vossas visitas e os telefonemas, mas de momento ando noutra.
Apesar de tudo, não abandono os Almendres.
Aqui, o sol cai agora por detrás do cerro impregnado de sobreiros. O céu imenso, à noite carregado de estrelas, adornado ao som do regato entrecortado pelos cantos da passarada nocturna é fonte inspiratória. Não quero perdê-la.
Ando por aqui.
segunda-feira, março 12, 2007
Heróis da mudança
Não tive, ainda, oportunidade de ver o filme. Não vou perdê-lo.
Um concerto dos Heróis era um acto de puro espectáculo. Cénico. Estético. Musical. Era teatro. Representação de alto nível. Do guarda-roupa ao cenário. O êxtase chegou com o hino ao “Amor”, provavelmente o primeiro grande hit da pop em Portugal.
A moda agora é olhar para os eigthies como a década da criação, da revolução cultural, ideológica. Mudança radical dos costumes. Até dos usos.
Os Heróis do Mar simbolizam essa real alteração “climática” no país.
E mostra que os Heróis do Mar podem ainda quebrar barreiras.
“O Assunto é…”
Subiu a passo largo os degraus azuis do Sanches de Miranda. Sentou-se a meu lado. Era dia de bola. Os seus olhos claros, brilhantes, já vinham de baixo dirigindo-me o longo e habitual cumprimento. Estendeu-me efusivamente a mão. Soltou um “brasileiro dum cabrão”, a única frase soada em português perfeito. Sem sotaque. Anos antes confessara-lhe ser esse o meu sentimento quando o via entrar estúdio adentro. E lhe dizia “fala devagar senão não te percebo”.
Nessa tarde de domingo, na bancada, antecedendo um qualquer jogo do Juventude, ofereceu-me um livro. O Seu livro. “Sua Excelência o Futebol, Excrecência”. Vinha autografado. Para mim. Um olhar profundo sobre a realidade do futebol mundial.
No raiar dos anos 90, crise de contratos, despedido de um clube qualquer, chegou à rádio. Sem qualquer experiência. Fui os seus olhos na descoberta da “menina”. Ao contrário de mim, ele nunca mais a largou.
Nos estúdios da então denominada TSF Alentejo, mais tarde Diana FM, passámos horas à conversa. “O Assunto é Futebol”. Ele era uma verdadeira enciclopédia futebolística. Ninguém me ensinou mais sobre futebol. O título desta crónica identificava as nossas gravações na rádio.
Bebemos copos. Falámos muito. Contou-me histórias. Sobre a carreira, curta, de futebolista no Brasil – não recordo o clube. Verdadeira estrela precocemente apagada por irreversível lesão num joelho. O primeiro dia em Évora, trazido pelo empresário, Cié, que homenageou no baptismo do primeiro filho. O primeiro contrato com o Lusitano…
Um largo interregno. Pensei num regresso definitivo ao Brasil. Esteve, afinal, nos Estados Unidos onde montou uma “clínica” sobre futebol.
E voltou de novo à Évora da sua paixão. Voltámos a cruzar-nos. Até há dois ou três anos. Talvez menos, não recordo.
Dele, lembro-me bem. Tez escura. Carapinha curta. Olhos brilhantes. Sempre brilhantes. Ternos. Mas de olhar matreiro! Sorriso amigo. Disparava palavras. Rápidas. Metralhadas. Com sotaque. Quase imperceptíveis.
As pernas arcadas davam-lhe o ar de estrela da bola.
Não há coincidências...
Manhã de sábado. Depois de uma semana em Lisboa, levanto-me cedo para respirar Alentejo. Parto para o campo. Inacreditavelmente, levo, debaixo do braço, uma bola de futebol. Há quatro anos que não jogo futebol. Só nos sonhos salto para o estádio e brinco com a bola. Este sábado é diferente. Passo a manhã sozinho. A jogar à bola. Sei lá porquê.
Dou toques. Simulo jogadas. Finto Canavaro. Dou baile a Cristiano. Marco um golo. Dois. “Hat-trick”. Sozinho. Eu sozinho… sou a equipa da vitória. Dos aplausos. Saio do estádio em ombros. A multidão grita. O meu nome ecoa pelo estádio imaginário.
Manhã de segunda feira. Na redacção procuro avidamente as novidades da terra. Instrumento de trabalho obrigatório, chego ao Notícias Alentejo. O choque: “Morreu Leonildo Vilanova”. Um olhar de espanto. Um esgar de dor. Pontapé fundo no estômago.
A notícia, crua, relata uma “doença prolongada”. Diz que morreu no sábado… no Brasil. Não consigo segurar as lágrimas.
Não há mesmo coincidências. Nunca acreditei nelas. Sei hoje, segunda-feira, que no sábado não joguei sozinho. Fiz o último jogo ao lado de Leonildo Vilanova.
Camarada: um dia, na rádio dos sonhos, voltaremos ao éter para fazer a jogada da vitória. Gostava de te ver, amigo… Saravá!
domingo, março 11, 2007
terça-feira, fevereiro 27, 2007
Tráficos: da Moderna à Independente
Tráfico de diamantes, fraude fiscal e falsificação de assinaturas e de documentos na Universidade Independente (UNI), em Lisboa, estão a ser ...
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
Folha Branca
sábado, fevereiro 17, 2007
Músicas
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
Terra dos sonhos
Bom fim de semana, na "terra dos sonhos".
Anna Domino - Land of My Dreams
segunda-feira, fevereiro 12, 2007
Geração supermercado
sexta-feira, fevereiro 09, 2007
Obra(s) prima(s)
Cachas? Só no You Tube
Notícia: YouTube: Leonor Beleza apela ao «não» e dá a cara num vídeo colocado no YouTube e no «site» de Marcelo Rebelo de Sousa... (Portugal Diário, 08/02/2007)
Pergunta: Estaremos a ser ultrapassados? Porque escolhe uma figura pública aquele formato para divulgar uma posição? Porque sai integral, sem tratamento editorial? Qual o papel que fica reservado ao jornalista? Será preocupação demasiada e sem sentido?
Penso que o futuro passa por este tipo de formatos onde não existe moderção do jornalista. É certo que Leonor Beleza socorreu-se do site de Rebelo de Sousa sabendo que é muito visitado.
Mas, sem a divulgação dos órgãos de informação, saber-se-ia algo da mensagem de Beleza?
Que acham disto?
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
INEM empata
Só não há quem as conte. As denuncie. Com coragem.
Andamos a morrer às mãos da contenção de despesas do 112!
terça-feira, fevereiro 06, 2007
Ferida de morte
Grandes abortos
sexta-feira, fevereiro 02, 2007
Documentários sobre o Alentejo
Emissões experimentais no Largo
Em breve poderemos ouvir alguns dos sons que, por variadíssimas razões, não entram nas notícias. Pequenas peças e tudo o que entretanto me vier à cabeça.
quinta-feira, fevereiro 01, 2007
A verdade e o castigo
quarta-feira, janeiro 31, 2007
"Nós, os bêbedos"
Txt de Paulo Barriga