quarta-feira, setembro 13, 2006

O QI de George

Os americanos são peritos a fazer estudos. Fazem estudos sobre tudo e, inclusivamente, fazem estudos sobre os estudos que estudam tudo. Os americanos são líderes mundiais em estudos.
E toda a gente gosta de ver os estudos que os americanos fazem. Os órgãos de informação em Portugal, por exemplo, gostam muito de publicar os estudos dos americanos. Gostam de pulbicar todos os estudos - da OCDE, da UE, do CE, da USDE, do CFTP (não sabem o que são as siglas? nem eu, e fui eu que as escrevi, imaginem se as tivesse lido num jornal) - mas dos americanos em particular.

Ontem, algures, lá vinha o estudo que um reputado cientista americano - são sempre "reputados" os cientistas que fazem estudos - que garante que o QI de George W. Bush é o mais baixo de todos os presidentes americanos, menos de um que governou nos anos 20. Ainda assim adverte que sendo baixo, entra na média de qualquer licenciado americano. O valor medido do QI parece-me que andava entre os 111 e os 137.
Isto significa o quê? Que Bush é burro? Devemos ter medo de qualquer licenciado americano? O cientista é Democrata?
Uma infinidade de perguntas ficam por fazer. Uma miríade de dúvidas ficam no ar. Não é duvidar do estudo nem do altruismo e trabalho do seu autor. Até pode ser que as dúvidas se coloquem por as notícias apenas traçarem um mero resumo do estudo.
Mas há uma grande pergunta que se deve fazer a esses estudiosos e raramente se faz - normalmente, ou por vergonha, ou porque o próprio jornalista quer "dar uma de intelectual" e fazer perguntas difícies como se percebesse alguma coisa daquilo.
A crucial pergunta é: "Ó shô tôr, realmente, numa perspectiva holística, abrangente, e tendo em conta a interacção entre os diferentes sectores, a multidisciplinariade da equipa, a própria temática, dentro das várias perspectivas em que ela pode ser analisada, não perdendo de vista, obviamente, o trabalho de coordenação levado a cabo, ou executado pelo shô tôr, a pergunta que eu lhe fazia, em relação ao estudo, claro está, é: PARA QUE É QUE SERVE ESSA MERDA?".

Ao ser avisado disto tudo Bush disse:
"What the hell is that? Fuck inquiries! Fuck the IQ! Let's bomb it!". Três horas depois, cinco conselheiros da Casa Branca já tinham explicado so Presidente que o QI era algo relacionado com a inteligência e que não era preciso bombardear.
Cerca de cinco horas depois, Bush lá entendeu que era inteligente não bombardear o QI, porque "não se deve bombardear a inteligência que é nossa, só se deve bombardear a inteligência que é dos outros, porque a inteligência que é nossa pode-nos fazer falta para bombardear a inteligência que é dos outros, por isso mandem parar as bombas que eu temo pela minha inteligência".
"That's it, mister President. That's it. - Huuuuffffffffff!!!!"! - desabafou o censelheiro mor, quando já se preparava uma conferência de imprensa sobre um ataque à inteligência.

Sem comentários: