terça-feira, setembro 05, 2006

O sol quando nasce...


Depois de vários anos em coma profundo, assistimos na última sexta feira à morte do Independente.
Preparamo-nos para assisitir, no próximo sábado, 16, ao nascimento do novo semanário “Sol” que promete, tal como o Independente em 88, “um jornalismo completamente novo” e concorrência feroz ao Expresso.
Mas José António Saraiva, o arquitecto que durante 22 anos dirigiu o Expresso e que agora é fundador e também director do “Sol” – não confundir com o The Sun inglês, o tal das strippers na page 3 – vai mais longe que Paulo Portas no arranque do Independente.
Portas, então director do Indy, garantia que o dia mais feliz da vida seria o primeiro em que vendesse mais um exemplar que o Expresso. Nunca o conseguiu. Acabou a fundar o PP, lixar o PSD e a ser ministro.
Saraiva vai mais longe que Portas pois promete estar à frente do Expresso “desde o primeiro número”, conforme vem hoje transcrito no DN.
Saraiva lá sabe. Sabe o que fazia. O que o deixavam fazer. O que quer fazer.
Nós não. Nada sabemos. Ficamos para ver.
Com cores garridas, o novo “Sol” quer apagar o cinzentismo do Expresso.
Para já o Expresso mostra medo e aparecerá nas bancas mais barato, com novo conceito editorial acompanhado de novo grafismo e formato - abandonando de vez o broad-sheet, marca dos jornais de referência (prenúncio?).
Conseguirá Saraiva? O “Sol” custará 2 euros.

Sem comentários: